sexta-feira, 18 de maio de 2012

Escolhas

Mas o que eu vim aqui falar era outra coisa. Era sobre o poder das escolhas.

Não sei se já contei como me envolvi no projeto de Uganda. Logo quando cheguei, busquei me integrar logo com o novo ambiente. Um amigo me chamou pra um evento de recepção aos calouros, e eu fui. Lá, conheci um cara mais velho que nem era pra estar lá, mas estava. Ele ia viajar pro Brasil em dezembro, e ficamos conversando. Chamava-se Mikko.

Alguns dias depois, teve uma grande festa para marcar o início do ano letivo. Era para todos envolvidos com a universidade; professores, alunos, funcionários... Algumas fotos:

Era aniversário do Corinthians. Na esquerda está o Mikko.
A foto que já tinha postado mas não explicado.
O pessoal da Mecânica tinha uma catapulta jogando balões d'água.
Meu colega conseguiu pegar.

Eu passei a tarde nessa festa com os calouros que tinha conhecido no outro dia. Lá pelas tantas, tava chovendo, eles resolveram ir pra outro lugar e me chamaram pra ir com eles. Eu falei que sim...mas olhei pro lado, e vi uma bandinha passando. Na hora, resolvi ir lá assistir. Eles não quiseram, mas a banda estava me chamando. Eu falei que os encontrava depois, e segui a banda.

Sozinho.

Sozinho, mas por uns 30 metros. Porque encontrei de novo o Mikko. E começamos a conversar de novo, e ele perguntou "você conhece aquele prédio ali?". Falei que não. Era a Design Factory, que tanto falo.

Ele me levou pra conhecer. Me mostrou tudo, falou das coisas que aconteciam ali...e em determinado momento falou "ah não, vc precisa conhecer aquele cara". Era um professor. Ele começou a falar do curso que ele organizava ali mesmo, na Design Factory. Era o PDP.

Em cinco minutos de conversa eu já tinha mudado meus planos para o ano que começava: ia largar duas outras matérias para fazer o tal do PDP.

E no PDP, escolhi (e fui escolhido) para o projeto de Uganda.


Talvez se eu não tivesse seguido a banda, meu ano seria muito, mas muito diferente. Talvez tivesse ido a mais festas, passado menos noites em claro, talvez tivesse escrito mais neste blog. Talvez tivesse tido tempo pra me dedicar a aprender finlandês. Quem sabe? Eu não tenho como saber. A única certeza que tenho é que não teria visto a banda cuspindo fogo nem iria para Uganda, mas fora isso, é bem difícil imaginar.

Naquela fração de segundo, eu escolhi ir ver a banda. Alguma coisa me chamou. Pareceu besta no momento, mas quanto mais penso nisso, menos acho que era assim tão besta.

E a cada minuto que passa, sinto-me mais grato por aquela sábia decisão.


Edit: eu tinha comentado sobre isso neste post. Relendo, acho que já imaginava o quanto esse dia ia mudar minha história...

Um comentário:

  1. É, as escolhas têm grande poder e mudam muita coisa. Lemmbro que conversamos sobre isso na beira do Jarun num calor de rachar, né!
    Bom te ver feliz com as tuas escolhas,
    bj,
    Marília

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